O Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes) terá como primeiro vice-presidente no triênio 2020-2023, o empresário Raphael Cassaro Machado, CEO Argalit Tintas e Argamassas. O bastão foi passado pela presidente da Findes, Cris Samorini, que assumiu a função na gestão anterior, de 2017 a 2020. Em seu novo desafio, o industrial será responsável por conduzir as ações da entidade, que tem um papel de induzir o empreendedorismo no Estado e articular com os diversos setores essenciais para a economia capixaba.

A nova diretoria do Cindes é composta por um grupo heterogêneo, mesclando novas e jovens lideranças com líderes já consolidados no mercado, com uma história de contribuições para o Espírito Santo. Além disso, reúne não apenas representantes industriais, mas também forças de outros setores importantes para a economia capixaba.

Mas a história de Raphael com o Cindes não começa de agora: há 15 anos, ele ajudava a fundar o Cindes Jovem, um programa associativista sem fins lucrativos idealizada pela entidade com o objetivo formar e desenvolver líderes do futuro, além de integrar a classe empreendedora capixaba. Ele também foi vice-presidente da Findes na gestão anterior e tem uma história de contribuições com o associativismo.

Em entrevista, o novo primeiro vice-presidente fala sobre as expectativas e desafios para os próximos três anos, além de contar um pouco sobre a sua trajetória. Confira!

– O Cindes, historicamente, é uma entidade que atua na defesa e integração dos interesses da indústria capixaba. Mas também tem um grande poder de articulação com outros setores importantes para a economia Estado, atuando fortemente no fomento ao empreendedorismo. Quais são os planos para o triênio 2020-2023?

Essa nova diretoria do Cindes é bastante diversificada. A proposta é, dentro dos projetos que nós temos para trabalhar, fazer com que eles andem em todos os setores. Queremos divulgá-los de uma forma mais ampla e que sejam implementados de forma mais efetiva na economia do estado e em todos os setores que estão evolvidos dentro do Cindes. Os projetos são o Cindes Jovem, que já é uma entidade, a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem, o Repense, além das palestras e os eventos que já temos dentro do calendário do Cindes.

– E quais os principais desafios que você elencaria que o Cindes enfrentará ao longo dos próximos anos, levando-se em conta que estamos vivendo um momento tão atípico não apenas no estado e no país, mas no mundo todo, com impactos a curto, médio e longo prazo?

Acredito que o Cindes tem um importante papel que pode contribuir para a discussão sobre o que os setores, de forma integrada e articulada, podem fazer para que a cadeia produtiva sobressaía a essa crise. Eu vejo de forma bem interessante esse papel do Cindes em busca de soluções de diversos setores, com propostas criativas, na área de tecnologia inclusive, para sobrepor essa crise. Já temos alguns setores se destacando de uma forma mais positiva, mas temos o papel de trazer esse farol para empresas do Estado por meio dos novos eventos e projetos.

– Durante a posse da Diretoria do Cindes, a presidente Cris Samorini ressaltou que a nova diretoria é composta por um grupo heterogêneo, mesclando novas e jovens lideranças com líderes já consolidados no mercado. Quais os benefícios dessa oxigenação de lideranças para a entidade?

Realmente a Diretoria é bem heterogênea e isso tem um ganho muito legal. A Findes é só de indústrias, mas o Cindes traz o comércio, serviço, área jurídica, para dentro da federação tem um valor interessante e diferente que consegue integrar muito melhor a cadeia produtiva. Então, a proposta é usufruir desse diferencial, das pessoas competentes que compõem a Diretoria para serem propagadoras dos projetos e que assumam também funções de destaque.

– Na posse, você frisou a importância do Cindes Jovem no fomento à sucessão dentro das empresas e também falou sobre as lideranças nos sindicatos. Como pretende trabalhar esses dois assuntos no próximo triênio?

Falando primeiro sobre os sindicatos, é um exercício que vamos fazer na hora da seleção para o Ciclo (de Formação de Lideranças Cindes Jovem) de buscar industriais que tem filiação a Findes também para servir de aprendizado, de escola para esse associado da indústria no futuro assumir o sindicato, ou pelo menos ter uma participação mais ativa. O Ciclo é uma escola bem interessante. E para assumir a sucessão das empresas também. Esse é um caminho bem parecido com assumir sindicatos, são papéis de liderança que vão ajudar a amadurecer mais rápido os jovens que são sucessores ou que estão trabalhando em empresas que são indústrias. Então, o nosso papel é, durante a seleção, buscar a participação e incentivar que os fundadores de empresas façam indicação dos seus filhos, dos seus parentes e jovens que estão em suas empresas a participarem do Cindes Jovem.

– Sua trajetória no Sistema Findes começou no Cindes Jovem, como foi bem lembrado na posse. Hoje, você assume como vice-presidente do Cindes. Tentando não ser clichê, mas já sendo, como você descreve essa história: o Raphael Cassaro de 15 anos atrás, no início do Cindes Jovem, e o Raphael Cassaro que hoje assume a liderança do Cindes?

Acredito que o Raphael de 15 anos atrás era um Raphael cheio de boas intenções, sonhos, vontade de assumir responsabilidades, mas com pouca experiência ainda. E o Cindes Jovem foi uma das portas de entrada que contribuíram para o amadurecimento profissional, um ganho de visão de negócio, de economia, além de uma visão cooperativista, associativista, que contribui muito para o meio que nós vivemos, como sistema de sociedade. O Raphael que assume o Cindes hoje já é mais vivido, mais experiente um pouco. Apesar de ainda me considerar jovem, com 37 anos, mas com uma experiência de 15 anos no Sistema, que soma para contribuir de forma mais estratégica.

Desejamos boas-vindas e boa sorte ao novo vice-presidente do Cindes e a nova Diretoria para o triênio 2020-2023!

*Por Fiorella Gomes