Rick Rasmussem e Gloria Hunt | Foto: Alexandre Mendonça

Muito se fala em inovação e sobre sua necessidade para as empresas se manterem competitivas. Mas como fazer para inovar? Como acessar os recursos necessários para fazer a inovação acontecer? Essas perguntas foram respondidas nesta quinta-feira (05) durante a edição especial Conexão Cindes na programação de lançamento do Findeslab, o acesso da indústria à inovação.

Para tirar essas dúvidas e abordar o tema “Ecossistema da Inovação e Movimento Empreendedor”, a Findes recebeu Gloria Hunt, executiva do Consulado Geral do Brasil em São Francisco; e Rick Rasmussen, professor na Universidade da Califórnia em Bekerley, diretor de programas de startups na escola de engenharia.

Gloria trouxe para o público os aprendizados que adquiriu no Vale do Silício, situado na Califórnia, nos Estados Unidos, onde estão situadas as maiores empresas de alta tecnologia. A executiva é responsável por assessorar empresas estrangeiras, de todas as etapas de crescimento, sobre como assimilar o modo de fazer negócios na região e diferentes abordagens para a inovação.

“Eu acho que o Brasil tem um potencial enorme em termos de inovação e empreendedorismo. Esse é um setor que está crescendo no Brasil, fora do radar de crise política e econômica. Temos no país 10 mil startups que criam 30 mil empregos. Então, essa iniciativa da Findes, em lançar o Findeslab, conectando startups, empresas, empreendedores, academia e governo é muito importante, que explora esse potencial que temos em ser um país inovador e empreendedor“, destacou.

Para ela, a chave do sucesso são as conexões, os compartilhamentos de experiências e de ideias, a flexibilidade para ouvir opiniões. “Elas que vão levar você e sua ideia para o próximo passo”, indicou.

Nativo do Vale do Silício com experiência direta na indústria, governo, capital de risco e academia, o professor Rick Rasmussen deu uma aula sobre inovação aberta, fez um passeio sobre a história das revoluções industriais até chegar a 4.0, e mostrou como empresas como a Amazon tem inovado, trabalhando novos produtos, buscando novos mercados.

“Se você quer sobreviver é importante inovar. Se você tem uma empresa grande, essas são as empresas que querem tomar seu lugar no mercado, as startups. Você pode ignorá-las ou ser parceiras delas”, sentenciou.

Conexão Findes - Findeslab

Rasmussen ressaltou que boa parte dos empreendedores do Vale do Silício são pessoas que não tiveram apoio em seus países para desenvolver suas ideias ou negócios. O professor ainda frisou que mesmo nos Estados Unidos não há ajuda governamental para isso, sendo a maioria das iniciativas sendo aceleradoras e incubadoras prioritariamente privadas.

“Vocês tem muita força local aqui, muita gente girando em torno da criação de startups, em criar um ecossistema de inovação. Deem valor a esse grande potencial. Não tenham medo da mudança de cultura. Ela não é ruim, pelo contrário. Lá no Vale do Silício não temos ajuda do governo, muitos empreendedores sofrem para conseguir inovar. Essa luta que a Findes está travando é muito importante. Parabéns no seu lançamento, estou muito feliz em fazer parte disso”, destacou.

Encerramento

A semana de lançamento do Findeslab se encerra nesta sexta-feira (06), com o lançamento do Programa de Empreendedorismo Industrial, que estimula a inovação aberta. Nele, grandes empresas capixabas expõem seus desafios e empreendedores e startups de base tecnológica deverão propor soluções inovadoras. Todo o processo será desenvolvido em conjunto com o Senai e envolvendo vários atores do ecossistema em uma ação colaborativa.

Por Fiorella Gomes